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Primeiro trio de mulheres a comandar uma partida de futebol profissional no Acre, em 2014. Da esquerda para a direita, Roseane Amorim, Yane Veras e Verônica Severino. Foto/Natascha Albuquerque.

Francisco Dandão

No dizer da professora de Educação Física Roseane Amorim, “parece que foi ontem” que ela começou a sua carreira de auxiliar de arbitragem no futebol acreano. Só parece. Neste ano de 2020 já se vão dez anos desde o dia da sua estreia. De lá para cá muita coisa aconteceu e ela, inclusive, já até passou para o quadro nacional da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

Nascida em Rio Branco, no dia 2 de junho de 1988, Roseane, que é casada com o árbitro Marcos Nogueira Morais, cresceu apaixonada pelas mais diversas práticas esportivas. Tanto que, ainda adolescente, chegou a jogar futebol e a praticar tae kwon do. Depois de um tempo, como ficou difícil exercitar as duas coisas, ela se voltou exclusivamente para o futebol.

O interesse pela arbitragem, segundo Roseane, teve início quando ela foi assistir a uma partida de futebol na Arena da Floresta. “Eu fui ao estádio ver o meu professor João Jácome bandeirar o jogo. E lá vi a assistente Márcia Bezerra, que foi dos quadros da Fifa durante muitos anos. Admirei o trabalho dela e resolvi fazer o curso para auxiliar no ano seguinte”, disse ela.

O início não foi fácil. “Apesar de eu ter feito um curso de seis meses, tendo como instrutor o árbitro Carlos Ronne, ninguém acreditava em mim. Eu só atuava em competições menores, quando era indicada pelo sindicato dos árbitros. Até que um dia o Josemir Raulino, presidente da comissão de arbitragem da Federação, meu deu uma oportunidade”, explicou Roseane.

Mesmo já tendo uma boa estrada na condição de auxiliar de arbitragem e apesar de jamais ter visto o seu desempenho muito contestado, Roseane não tem sido escalada frequentemente para trabalhar em jogos fora do estado. Da primeira vez, em 2013, até hoje, ela só saiu do Acre para bandeirar jogos em cinco oportunidades. A última delas, em 2019, no Espírito Santo.

“Eu considero esse jogo no Espírito Santo, entre o mandante Real Noroeste e o Iporá, de Goiás, valendo pela Copa Verde, o mais importante e o de maior visibilidade entre aqueles que eu saí do Acre para trabalhar. O trio de arbitragem foi todo formado por acreanos. Eu, o Fábio Santos, no apito, e o Márcio Cristiano. O jogo saiu 1 a 0 para o Real” afirmou Roseane.

Quanto à maior alegria vivida até aqui na carreira de auxiliar de arbitragem, Roseane garantiu que foi a sua aprovação, em 2019, no teste de aptidão física aplicado pela CBF para os árbitros homens. “No meu entendimento, passar no teste físico dos homens foi a prova definitiva de que não existem diferenças de competência entre os gêneros”, disse a auxiliar.

Mas, como na vida nem tudo são flores, ela também falou de uma coisa que a deixa extremamente chateada. “Detesto quando ouço das arquibancadas vozes dizendo que eu só estou ali na posição de auxiliar porque sou bonitinha. Muitas vezes quem diz isso são as próprias mulheres. Essas pessoas não reconhecem a competência da gente”, desabafou Roseane.

Muitos árbitros contam histórias de dirigentes que os procuraram para a fabricação de resultados. Com a auxiliar Roseane Amorim, porém, isso jamais ocorreu. Ela, inclusive, se disse preparada para uma eventualidade dessas. “Comigo isso nunca aconteceu. E, se por acaso acontecesse, eu denunciaria na mesma hora aqueles que me procurassem”, garantiu ela.

“Graças a Deus, até hoje eu jamais tive problemas com ninguém por conta da minha atividade enquanto auxiliar de arbitragem. Tanto dirigentes quanto jogadores sempre me respeitaram bastante. Uma ou outra reclamação é absolutamente normal. No futebol, sempre vai haver uma ou outra discordância. Mas ninguém jamais me ofendeu moralmente”, disse Roseane.

Nessas de discordâncias, de acordo com ela, só houve mesmo uma ocasião mais tensa. “Foi numa Copa do Brasil Feminina, num jogo entre a Assermurb e um time de Porto Velho”, explicou Roseane. Ela validou um gol das rondonienses e muita gente garantiu que ela errou, inclusive alguns colegas de arbitragem. Ela, porém, até hoje acha que fez a coisa certa.

Para finalizar, ela opinou sobre o que falta para a melhoria da arbitragem acreana e falou sobre os seus projetos para o futuro. “O que nos falta enquanto árbitros e auxiliares, aqui no Acre, é um investimento que nos permita ter mais dedicação à atividade. E quanto ao futuro, eu quero atuar até aos 45 anos e depois me especializar como instrutora física da CBF”.



















































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